Enfrentamento Das Pessoas Que Vivem Com HIV
Introdução: O enfrentamento é um conjunto de esforços, cognitivos e comportamentais, utilizados com a finalidade de resolver demandas internas ou externas, surgidas nas situações de estresse e que são analisadas como sobrecarga ou excedendo seus recursos pessoais. A Aids por ser uma doença crônica é importante que as pessoas infectadas desenvolvam estratégias para enfrentá-la. Objetivo: Descrever o enfrentamento das pessoas que vivem com HIV/Aids. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, do tipo descritivo. Foi realizado o levantamento das produções científicas nas bases de dados: LILICAS, MEDLINE, BDENF. Os descritores utilizados: enfrentamento, HIV, Aids. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados em português, inglês e espanhol, disponíveis na íntegra, no formato de artigo e publicados no período de 2012-2016. Para o desenvolvimento da discussão foi definido a seguinte pergunta norteadora: Como se encontra o enfrentamento das pessoas que vivem com HIV/Aids? Resultados: Com a aplicação dos descritores foram encontrados 1494 artigos, após a utilização dos filtros, ficaram 22 artigos, porém foram excluídos 13 artigos, por duplicidade e por não atenderem ao objetivo geral, ficando 9 artigos para o desenvolvimento da pesquisa. Discussão: Os artigos mostram que a relação da infecção pelo HIV e o meio social não é harmonioso, ainda existe sentimentos de preconceito e rejeição no meio social. As pessoas mostram-se fragilizadas, pois referem medo em vivenciar o preconceito e a discriminação por parte das pessoas, vergonha, solidão, tristeza e ansiedade. O enfrentamento da doença é desgastante, complexa e incessante; associam a doença a desvalorização moral e social. Conclusão: Ainda existe muitas dificuldades vivenciadas pelas pessoas com HIV/Aids, enfrentam o preconceito e a desvalorização moral e social. Contudo, a enfermagem pode estar contribuindo para um tratamento igualitário e humanizado, melhor qualidade de vida, livre de preconceitos. Promovendo discussões para se conhecer melhor a doença e as diversas formas de enfrentamento.
Qualidade De Vida De Idosos Portadores De Insuficiência Renal Crônica Através Do CASP-19
Introdução: A insuficiência renal crônica é uma patologia multicausal caracterizada por falência dos rins, os tratamentos incluem a hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal. Dentre os doentes renais crônicos, 32,5% dos pacientes em hemodiálise tem idade igual ou superior a 65 anos. Desta forma, é visto que há uma necessidade de avaliar a qualidade de vida (QV) desta população; para tal, o CASP-19 provou ser um instrumento eficiente e objetivo, com boas propriedades psicométricas, pois é uma medida que abrange os aspectos positivos e benéficos do processo de envelhecimento. Objetivo: Avaliar a QV de idosos em hemodiálise, a partir do questionário CASP-19. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo do tipo transversal, realizado numa clínica de hemodiálise na cidade do Recife em 2016. A amostra do estudo foi constituída por pacientes de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 60 anos, em tratamento hemodialítico. Para coleta de dados, foram utilizados o CASP-19 e questionários padronizados sobre características clínicas dos pacientes. Resultados e Discussão: A amostra é composta por 67 idosos, 49 do sexo masculino e 18 do sexo feminino. A pontuação média do CASP-19 foi de 31,25 pontos, da amostra, 34 pacientes tiveram escores iguais ou superiores (maior qualidade de vida) e 33 pacientes escores inferiores (menor qualidade de vida). Houve uma tendência a menor qualidade de vida entre as mulheres, e associação entre menor QV e idosos que tinham sido submetidos a transplante renal no passado; supomos que esse fator esteja relacionado a frustrações com o tratamento renal substitutivo, contudo, outros estudos são necessários para elucidar tais hipóteses. Conclusão: Avaliações da qualidade de vida dessa faixa etária em tratamento hemodialítico são importantes, pois oferecem elementos essenciais para a equipe de saúde analisar e implementar medidas de assistência humanizadas e adequadas com vista à melhoria do bem-estar destes idosos.
Representações Sociais Do HIV/AIDS Sob A Ótica Dos Profisionais Da Saúde
Introdução: A AIDS representa um sério problema de saúde pública, caracterizando-se como epidemia global, com rápida disseminação. O vírus e a síndrome, desconhecidos, constituíram os elementos essenciais para a formação de representações sociais, sendo transformados em algo conhecido, HIV/AIDS, sendo possível de serem pensados e passíveis de ação. Desde então, emergiram diversas representações da síndrome e das pessoas por ela acometidas. Objetivo: Identificar as representações sociais do HIV/AIDS sob a ótica dos profissionais. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada através do levantamento de produções científicas na BVS. Utilizaram-se as bases de dados LILACS e BDENF. Foram incluídos na pesquisa artigos disponíveis na íntegra publicados no período de 2010-2016. Pergunta norteadora: Qual a representação social do HIV/AIDS na ótica dos profissionais de saúde? Resultados: Com a aplicação dos descritores foram encontrados 158 artigos, após a utilização dos filtros, obtivemos 23, porém destes exclui-se 16 por apresentarem duplicidade e não responder à pergunta norteadora. Por fim, utilizou-se 7 artigos para o desenvolvimento da pesquisa. Discussão: Os estudos apresentaram elementos positivos e negativos no contexto representacional do HIV/AIDS. Inicialmente para os profissionais de saúde por se tratar de uma doença incurável a AIDS foi marcada por fantasias negativas, medos, sentimentos de morte, discriminação e rejeição, pois acometia principalmente indivíduos estigmatizados pela sociedade, como os homossexuais, usuários de drogas injetáveis e profissionais do sexo. Porém, no decorrer dos anos estudos apontaram uma mudança representacional quando comparada ao período mais remoto da doença. Esses dados remetem-se à assimilação da AIDS como uma doença crônica e permitem visualizar o afastamento da morte, manifestando-se como uma representação oposta às concepções primárias. Conclusão: Conhecer as representações da síndrome é de suma importância pois contribuirá para melhorar a qualidade de vida daqueles que vivem com o HIV, por meio de ações em saúde mais adequadas e satisfatórias.
Assistência De Enfermagem Prestada À Paciente Portadora De HIV/AIDS
Introdução: O vírus da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) tem atingido ao longo dos anos cada vez mais pessoas com faixa etária de 18 a 25 anos de ambos os gêneros. Trata-se de um fenômeno global, dinâmico e instável cuja forma de ocorrência nas diferentes regiões do mundo depende, dentre outros fatores, do comportamento. A assistência de enfermagem voltada para as pessoas com AIDS é complexa, devendo estar articulada para oferecer uma intervenção que modifique a realidade, atuando de maneira específica nos pontos identificados como sensíveis assim como proporcionando apoio emocional e espiritual. Objetivo: Abordar a implementação da assistência de enfermagem prestada à paciente com HIV/AIDS. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório do tipo relato de experiência, realizado no período de novembro à dezembro de 2016 durante o programa de residência em enfermagem em um hospital público da Região Metropolitana do Recife. Resultados: Mulher do sexo feminino, 22 anos, consciente, orientada, com HIV confirmado em 2014, deu entrada na unidade hospitalar com episódio de fadiga, perda ponderal, náuseas e vômitos, diarreia aquosa e anemia grave devido às complicações decorrentes da sua patologia. Discussão: Após realização da anamnese e exame físico os principais diagnósticos de enfermagem identificados foram: Nutrição desequilibrada abaixo das necessidades corporais, risco de infecção, fadiga e integridade da pele prejudicada. As intervenções mais frequentes relacionaram-se aos sinais vitais, promoção do conforto, segurança, conscientização e aceitação de dieta. Conclusão: Através deste estudo pôde-se observar a importância da assistência de Enfermagem durante todo o período de internação da paciente, identificando o papel e a autonomia do profissional de enfermagem no processo do cuidado. Neste sentido, o enfermeiro se insere como um ente da equipe de saúde capaz de identificar meios que assegurem o autocuidado do portador de HIV, além de adotar medidas que minimizem a sintomatologia apresentada por essa população.
Papel Do Enfermeiro No Tratamento De Anemia Falciforme Enquanto Educador Dos Serviços De Saúde
Introdução: A anemia Falciforme é uma doença gerada por alterações genéticas que confere ás hemácias um formato de foice. Trata-se, portanto, de uma doença crônica, incurável, embora tratável, e que geralmente traz alto grau de sofrimento aos seus portadores. Objetivo: Descrever à os cuidados de enfermagem frente a anemia falciforme. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, realizado no período de setembro de 2017 nas bases de dados SCIELO, LILACS BIBLIOTECA COCHRANE. Os descritores utilizados foram anemia falciforme e cuidados de enfermagem. Como filtros da pesquisa usou-se artigos publicados na íntegra no período de 2010 a 2016 em idioma português e inglês. Resultados e Discussão: Foram selecionados seis (6) artigos para análise, com leitura minuciosa foram excluídos dois (2) artigos por não contemplar os objetivos da pesquisa. Verificou-se nos quatros artigos da amostra que o papel do enfermeiro no tratamento da doença falciforme é fundamental, visto que a Sistematização da Assistência de Enfermagem contribui com o aumento da qualidade dos cuidados a esta clientela e das diversas complicações como alterações neurológicas, respiratórias, cardíacas, digestivas e renais. Os cuidados de enfermagem serão baseados na resolutividade gerada a partir dos diagnósticos de enfermagem traçados: Dor aguda evidenciada por expressão facial e relato verbal, proteção ineficaz relacionado o perfil sanguíneo anormal. Cabe ao profissional fornecer o cuidado ao paciente e familiares; educar o paciente sobre a doença e os membros da família para que haja apoio mais intenso no tratamento. Além disso, o enfermeiro precisará exercer seus cuidados de forma multidisciplinar e conhecer os protocolos de diretrizes de tratamento e os efeitos adversos. Conclusões: À partir desse trabalho foi possível verificar que por ser uma patologia que requer um acompanhamento do tratamento para prevenção dos agravos que a mesma apresenta, traz consigo desafios que devem ser superados através da implementação dos cuidados de enfermagem.
Óbitos Por Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica:Um Estudo Retrospectivo No Estado De Pernambuco
Introdução: Doenças respiratórias crônicas (DRC) são doenças crônicas tanto das vias aéreas superiores como das inferiores. A asma, a rinite alérgica e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são as DRC mais comuns e representam um dos maiores problemas de saúde mundialmente. Centenas de milhões de pessoas de todas as idades sofrem dessas doenças e de alergias respiratórias em todos os países do mundo e mais de 500 milhões delas vivem em países em desenvolvimento (BRASIL, 2010). Objetivo: Identificar a taxa de óbitos por Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) no Estado de Pernambuco, durante o período de 2003 a 2013. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo documental, descritivo e retrospectivo. Os dados foram coletados através do Sistema de Informações sobre Mortalidade, gerenciados pelo DATASUS. Resultados: Na análise dos dados verificou-se dentre as doenças crônicas das vias aéreas inferiores, a incidência de óbitos por DPOC no estado de Pernambuco é bastante prevalente, sendo muito incidente na cidade do Recife, em indivíduos do sexo masculino e com idade acima de 80 anos. A respeito do local de ocorrência do óbito, a maioria ocorreu no hospital. Conclusão: O presente estudo permitiu investigar a incidência de óbitos por DPOC, fazendo-se necessário incentivar a realização de pesquisas acerca das doenças relacionadas ao aparelho respiratório, principalmente a DPOC, por se tratar de uma doença que pode ser evitada, prevenida e com elevada taxa de morbidade e mortalidade.
A Qualidade Da Assistência Com Enfoque Na Segurança Do Paciente Em Unidades De Terapia Intensiva
Introdução: A importância do tema segurança do paciente se configura no fato de que a busca pela redução do risco de danos desnecessários associados com cuidado em saúde deve ser contínua. Tais danos, atualmente denominados de eventos adversos (EAs), são complicações ou lesões não intencionais decorrentes do cuidado prestado ao paciente, que podem ocasionar danos ou incapacidade, temporária ou permanente, prolongamento do tempo de internação e até mesmo a morte, não tendo correlação com a doença que determinou a internação (ZAMBON, 2011). Objetivo:Identificar as principais contribuições da literatura em saúde, na área da segurança do paciente, em Unidades de Terapia Intensiva, por meio das publicações de periódicos nacionais e internacionais. Metologogia: O trabalho foi embasado em uma revisão integrativa realizada nas bases de dados de saúde. A busca por publicações indexadas foi realizada nas seguintes bases de dados: Medical Literature and Retrivial Sistem on Line (MEDLINE), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Para o desenvolvimento dessa pesquisa, foi utilizado o método exploratório e descritivo. Resultado:Após a revisão da literatura verificou-se que o tema segurança do paciente nos últimos anos tornou-se cada vez mais importante para estudo. Segundo os artigos selecionados observa-se na literatura que os focos dos estudos tratam da prevenção e ações de controle, associados a uma busca ou maior compreensão de uma assistência à saúde de qualidade e a segurança do paciente. A segurança do paciente está intimamente relacionada aos processos e ao conhecimento que vem sendo construído ao longo dos anos acerca das estratégias de prevenção e cuidado na assistência a saúde. Conclusão: Conclui-se ainda que o tema não se desvincula da qualidade na assistência a saúde, uma vez que esta visa garantir um atendimento que produza efeitos positivos para os pacientes.
Pesquisa De Contaminação Por Pseudomonas Aeruginosa Na Carne Caprina Comercializada Em Caruaru
Introdução: A bactéria P. aeruginosa é de grande importância para a avaliação da qualidade bacteriológica da carne, além de indicar contaminação por matéria orgânica ela é patógeno responsável por infecções do trato respiratório e gastrointestinal podendo levar à sepse. Essa contaminação dos produtos cárneos pode ocorrer em processos de fabricação ou até mesmo após o processamento, quando não são obedecidas as boas práticas de manipulação. Objetivo: Identificar a presença de Pseudomonas aeruginosa na carne caprina comercializada no município de Caruaru, PE. Material e Métodos: Foram coletadas 9 amostras de carne caprina de junho a agosto de 2017 em Caruaru-PE, feitas em triplicata e de acordo com o Códex Alimentárius. A análise bacteriológica foi feita através da técnica dos tubos múltiplos e os resultados interpretados com auxílio da tabela de Hoskins. Resultados: Foram obtidos como resultados as seguintes variações de 2 NMP/100ml a 1600 NMP/100ml ou maior que 1600NMP/100mL. Discussão: Das 9 amostras coletadas foi possível observar que 7 apresentaram um grau de contaminação alto ou muito alto. 1 amostra teve contaminação de grau intermediário e 1 de grau baixo. Tendo em vista os resultados obtidos, pode-se afirmar que foi identificado nas amostras um alto grau de contaminação por matéria orgânica, geralmente por solo e por lixo. Conclusão: O alto grau de contaminação orgânica identificado é preocupante pois além de indicador esse microoganismo também é um patógeno oportunista, podendo gerar sepses fatais. Além disso, pode-se relacionar a presença de Pseudmonas aeruginosa com inibição do grupo coliformes, ou seja, em alguns casos esse microorganismo é mais confiável quanto indicação de qualidade bacteriológica por ser menos sensível às alterações. Sendo assim, fica claro que há falhas higiênico-sanitárias que devem ser corrigidas com a implantação das boas práticas durante o processo de manipulação do alimento para evitar doenças oriundas de alimentos contaminados.
Atuação Da Fisioterapia Nas Artropatias De Pacientes Hemofílicos
Introdução: A Hemofilia é um distúrbio genético caracterizado por sangramento prolongado devido à diminuição ou ausência de um dos fatores de coagulação. A fisiopatologia corresponde a ausência do gene que modifica a capacidade do organismo para produzir fatores suficientes para gerar a coagulação. Nos tipos mais comuns de hemofilia estão ausentes o fator VIII ou fator IX. A Hemofilia A é uma deficiência do fator VIII. Cerca de 85% dos hemofílicos são portadores de Hemofilia A. Estima-se que 1 a cada 10.000 mil homens apresenta hemofilia. As hemartroses são comuns nos pacientes hemofílicos, resultado de microtraumas nas articulações, sendo a mais acometida a articulação do joelho, seguida pelas articulações de tornozelos, cotovelos e ombros. Objetivos: Descrever programa fisioterapêutico no tratamento dos hemofílicos; identificar quais modalidades fisioterapêuticas mais utilizadas na artropatia hemofílica; Apresentar o impacto da intervenção fisioterapêutica na qualidade de vida do hemofílico. Metodologia: O presente estudo é uma revisão bibliográfica de artigos disponibilizados nos bancos de dados online PeDRO, SciELO e LILACS, publicados no período de 2010 a 2017. Foram pesquisados 9 artigos na língua portuguesa, 1 na língua espanhola e 1 trabalho de conclusão, contendo como descritores de assunto principal: Hemofilia; Hemartrose; Fisioterapia. Resultados: De acordo com a pesquisa, a fisioterapia diminui o comprometimento articular dos hemofílicos, através da cinesioterapia, terapias manuais, crioterapia e a eletroanalgesia com a utilização do TENS e interferencial, além da utilização do ultrassom atérmico ou Laser na fase aguda para controle do derrame articular, que podem prevenir deformidades articulares e, consequentemente, manter a amplitude de movimento das articulações. Além de melhorar força e resistência muscular, coordenação e equilíbrio. Conclusão: Os artigos estudados apontam que a fisioterapia traz benefícios para os hemofílicos, relacionados à prevenção de deformidades e melhora na capacidade funcional.